Depois do dia meio fraquito da véspera, já só pensávamos em seguir viagem, deixar para trás a Costa Rica. Assim para o oitavo dia de América Central planeamos um programa modesto, sem grandes aventuras: visitar o Parque Nacional Volcan Brava, um dos menos turísticos e o mais próximo de casa do Edward, que na realidade não vive em San José mas numa cidade dos arredores, a norte, Heredia.

Pequeno-almoço e a caminho. Um caminho breve, apesar de ser sempre a subir, por estrada cada vez em piores condições. Carro deixado a algumas centenas de metros do portão de acesso ao Parque. Não estão lá muitos mais carros, é bom sinal.

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Este é um dia mais sorridente que o anterior, mas ainda com algumas nuvens. Naquela altura, poderia cair para qualquer lado, mas felizmente as condições mantiveram-se.

Na entrada do parque um simpático guarda, bem armado com um pistolão à cowboy, recebe os visitantes. Há que pagar a entrada, cerca de 12 Eur, e receber instruções, dadas com humor e boa disposição, sem faltar a necessária pedagogia. Há mesmo pessoas que são brilhantes no seu trabalho e este senhor é uma delas. Contou histórias, esclareceu dúvidas, falou sobre as pessoas que se perdem nos parques, colocando-se em risco e dando muito trabalho ao pessoal que ali trabalha, por vezes com finais trágicos.

Vamos passeando pelo trilho oficial, que se estende por alguns quilómetros. A vegetação é característica daquelas paragens, densa e muito verde, enfim, a floresta tropical. Não é uma caminhada complicada, excepto pela altitude: sou muito vulnerável à falta de oxigénio no ar e a pouco mais de 2000 metros vou tendo algumas dificuldades na respiração, ainda por cima porque é sempre a subir.

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Não há bicharada para ver, só mesmo andar e andar, rodeado daquela vegetação exótica. Até chegar a uma plataforma de madeira de onde se tem uma vista panorâmica sobre a lagoa que se formou numa cratera vulcânica. Ficamos por ali algum tempo a relaxar, esticados sobre as tábuas de madeira, ao sol. Quando se pensa em Costa Rica vem à ideia muito calor, mas ali, em altitude, a conversa é outra. Faz algum frio, e a massagem quente dos raios solares é muito bem-vinda.

Depois descemos, vamos até lá abaixo à beira da água, onde se encontra um abrigo de madeira, para observação de aves e vida animal. Está por ali uma família local e sinto-me um pouco como um invasor do seu espaço. Tiro algumas fotos do magnífico cenário e vamos iniciando o caminho de regresso.

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E com tudo isto vai-se passando o último dia com o amigo Edward. Vamos andando, agora sobretudo a descer, mais fácil. Não é um trilho muito longo e neste parque não há grandes opções. É uma caminhada que sai um pouco cara, mas também, na Costa Rica quase tudo é dispendioso.

Saímos depois de nos despedir do simpático guarda, vamos até à cidade, compramos qualquer coisa para comer, abastecimentos para a noite e para a jornada do dia seguinte e passamos o resto do dia em casa.

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