Acabou por não vencer a ideia de passar a noite em Happutale. Por esta altura não queria mesmo nada com as montanhas do Sri Lanka, preferi passar de capítulo, começar de novo em Kandy, dar outra oportunidade ao país.

Antes de partir, um último kotu de coco e dali para a estação. A caminho. A viagem ferroviária até Happutale já era, claro, conhecida. Daí para a frente nem por isso, mas depressa o cenário se tornou repetitivo e abdiquei do meu lugar na porta aberta da carruagem.

Vão-se vendo os pequenos detalhes pela janela. Mas a minha moral não está mesmo em alta nestes dias do Sri Lanka. Talvez tivesse expectativas demasiado elevadas, mas não me fascinei pelas terras altas, nem pelos campos de chá que aqui se encontram.

A chegada a Kandy foi já ao fim da tarde. Não tínhamos marcado nada precisamente porque até ao último momento não tínhamos decidido onde iríamos dormir. Mas havia notas, moradas, coordenadas. E a primeira aposta era para uma casa de hóspedes que aparecia muito bem cotada e a apenas 400 metros da estação de comboio. Parecia ideal. Mas ninguém me tinha dito é que os tais 400 metros seriam um ziguezague na vertical, uma tortura com o calor tropical do Sri Lanka, mesmo ao fim do dia. E para tornar as coisas melhores, não havia quartos livres!

O senhor deixou-me usar a Wi-Fi para procurar outras coisas, e logo ali na altura fiz um booking para um hostel, do outro lado da cidade. Apanhámos um tuk-tuk mas o rapaz não fazia ideia para onde eu queria ir… só que não disse… foi conduzindo, sei lá, à espera de uma iluminação divina… acabei o dia com o GPS na mão a dar-lhe indicações.

Mas pronto, já tínhamos onde ficar. Um hostel com um ambiente impecável mas com um enorme defeito que iria assombrar as várias noites que aqui ficámos: a música, alta, batida, a entrar por todo o lado. Mesmo mau. Uma simples coisa que estragou o que de outra forma seria uma grande estadia

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