Segundo e último dia em Trincomalee, talvez os dias que serão guardados como os mais doces da visita ao Sri Lanka.

Ao acordar, mudança de alojamento. Gostei do hotel mas iria gostar ainda mais do Dyke’s Rest, onde não torceram o nariz a uma chegada matutina. Foi largar as mochilas no quarto e usufruir logo, lá em cima, na varanda para a praia onde montei um belo escritório para um pouco de trabalho. Entretanto, cá em baixo, nas espreguicadeiras de madeira, também não se estava mal. Um alojamento na praia, que luxo!

O tempo passou-se assim, nesta espécie de paraíso. Conhecemos um casal suíço e ficou combinado um jantar no restaurantezinho da véspera. O negócio foi estabelecido nos seguintes termos: nós conhecíamos o local, eles tinham carro com condutor à disposição, e o encontro estabeleceu-se para as sete horas.

Mas até lá havia uma tarde para gozar. O bem bom das instalações na praia era agradável, mas também não ia ficar ali imóvel o resto do dia. Fomos espreitar a marginal do outro lado, da baía resguardada, que nem parece mar. Não se passa ali nada. Só trânsito, algum. Decidimos então ver o que era a Orr’s Hill, uma zona da cidade estabelecida numa península, com o porto interior de um lado e esta mesma baía do outro.

Arranjámos um tuk-tuk, cujo condutor deve ter achado estranho o nosso pedido, porque quisemos ficar num sítio onde não havia nada. A tarde vai a meio e por causa da colina toda esta estrada está já à sombra. Está um ambiente ideal para caminhar, a estrada não tem movimento nenhum e o asfalto é impecável. Fomos andando em direcção à ponta, esperando poder contorná-la e regressar à estrada principal pelo outro lado da península. Mas não deu. Uma base militar impediu-nos. Curiosamente tem um enorme cartaz à porta a falar de um museu militar aberto ao público, mas a sentinela não concordou, só restou fazer meia volta e iniciar o caminho de regresso.

A meio, subimos a colina, entrando numa área residencial muito interessante, com imensa vida local. Uma surpresa inesperada que trouxe um certo tempero à tarde. Descemos do outro lado, mas a água do tal porto interior era fétida, com muito lixo e de resto não havia nada de interessante por ali.

Uma última passagem pela praia principal de Trinco, uma despedida com um chá no lugar que já se tinha tornado “o do costume”. Ver estas coisas pela última vez, preparar para a saudade.

E de regresso ao Dike’s Rest, depois de uma caminhada pela areia, esperar pela noite e pelos suiços, para o tal jantar que decorreu com agradável conversa sobre os temas usuais… viagens, vidas, preços, memórias, experiências.

 

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