13 de Dezembro

Sabe bem quando queremos acordar às seis e meia e às seis já os olhos estão abertos, sem despertador, sem violência. São as maravilhas dos fusos horários. Lá fora o dia está como o de véspera, um pouco encoberto, mas bonito, algo fresco, com a brisa marítima a soprar através do malécon. Lá estão os primeiros cidadãos, desportistas, pescadores. Agora sabemos que uma cafetaria será a fonte do pequeno-almoço, um pouco mais tarde.

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A missão do dia é explorar uma parte da cidade que ficou de fora ontem: o Vedado, incluindo a já distante Praça da Revolução. Serão uns 7 ou 8 km, entre a ida e a volta. Para já deixamos Centro Habana, percorrendo ruas que são outras mas não têm muito de diferente. São vias ladeadas de edíficios com muita história mas também muita pobreza e decadência. O ambiente é semelhante. Há carros antigos parqueados nas ruas, pessoas que saem para iniciar o seu dia, as lojas que abrem. Ninguém repara demasiado em nós. Somos mais uns turistas, apesar destas não serem as ruas dos turistas. Suponho que os havaneses já estejam por demais habituados à presença de estrangeiros – ou chulos, ou yumas, como também lhes chamam. Ainda bem. Nunca gostei de ser mirado.

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Há a pausa para pequeno-almoço, tomado como tantos outros sentado numa soleira qualquer, entre cubanos que nos recebem com naturalidade. Já não estamos longe do primeiro objectivo concreto do dia, o hotel Habana Libre. Este edíficio de vinte e cinco andares foi construido em 1958, apenas um ano antes do fim do regime. Pertencia à rede Hilton quando Fidel Castro e os seus homens entraram em Havana e foi ali mesmo, neste símbolo da presença norte-americana, que os revolucionários instalaram a sede do Governo provisório. na suite 2324 residiu por três meses o próprio Fidel, antes desde e de todos os outros estabelecimentos hoteleiros norte-americanos serem nacionalizados.

Reparei que em frente ao Habana Libre é um dos melhores pontos para observar os genuínos carros clássicos em uso. Não os que se mantêm imaculados, para turistas, mas os outros, os táxis colectivos, chamados pelos cubanos de “comuns” ou “americanos”. É uma rota para estas viaturas, e a concentração só é superada, eventualmente nas vias em redor do Capitólio. Mas, claro, a poluição correspondente está presente. É atroz.

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Logo a seguir, sem o pretender, encontrámos outro dos destinos para hoje: a gelataria Coppelia. Mas estava fechada, ainda, e como regressámos – não apenas neste dia mas diversas vezes no período que ficámos em Havana – já voltarei a este assunto. Para já era necessário encontrar o caminho para a Praça da Revolução. Queria ver os monumentos que ali residem e a emblemática imagem de Che Guevara, colocada na fachada do Ministério da Administração Interna, o da segurança, da polícia política, da defesa de Estado. Tal como sucedeu para o Habana Libre bastou perguntar a alguém na rua. Os cubanos são bestiais quando se lhes pergunta algo. Temos toda a sua atenção e toda a informação que precisamos para além da que não vamos necessitar para nada. A comunicação é fácil, de um lado e de outro. O portuñol é um sucesso. Nesta viagem aprendi que posso viajar pela América Latina basicamente sem problemas de comunicação, o que me deixou bastante satisfeito. São boas notícias para a travessia da América Central que planeio para breve.

Portanto o senhor deu todas as indicações necessárias, dali até à Praça da Revolução, uns 3 ou 4 km à frente. E lá fomos, afastando-nos do ambiente característico da Centro Habana, passando a avenidas cada vez mais largas. Em determinado momento saimos do eixo principal, de forma intencional, para evitar a nudez estéril daquelas avenidas. Entrámos então num simpático bairro com muito para ver, muita vida local. Mas bem diferente da que nos rodeou logo pela manhã. A burguesia póstuma do Vedado sente-se aqui, como em toda aquela região da cidade. Apesar de oficialmente e aparentemente não haver racismo na sociedade cubana, a verdade é que por aqui se vêem mais brancos. Alguns, diga-se, muito brancos. Aliás, rapidamente se tornou claro que é impossível diferenciar um cubano de um turista com um grau de certeza aceitável. Porque os há de todas as aparências, não só fisionómicas mas também de estilo. A heterogenia é fascinante.

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Passo por algumas daquelas pessoas, as mais idosas, e penso no seu passado. Se hoje tiverem 70 anos tinham 15 quando a Revolução chegou. As suas memórias serão claras. Estamos a perder as últimas gerações pré-Revolução. As memórias destes cubanos são preciosas, e no Vedado deverão ser memórias de saudade, de um tempo em que a vida era doce e prometora, o fururo lhes sorria… e depois, depois tudo se fragmentou, foram condenados a uma vida miserável, com sorte na casa que havia sido da sua família. Não sei se é impressão mas penso que sinto este azedume em algumas faces, a revolta de quem viveu uma parte maior da vida com a ideia no que devia ter sido e lhes foi roubado. Pensei nos portugueses que se viram forçados a abandonar África em 1975. Vi um paralelo, no plano das emoções.

Um taxista tenta vender-nos os seus serviços. Mas nós queremos caminhar até à Praça. Bom, então certamente depois estaremos cansados para regressar para o centro. Não, não estaremos. Muito bem, mas provavelmente não vamos passar as férias todas em Havana, precisaremos de transporte para algum lado. Não, não precisaremos, o autocarro serve-nos perfeitamente. Então amigos como sempre, o caminho é por ali e bem-vindos a Cuba. Isto foi uma constante nas abordagens: muitos tentaram vender algo, um bem ou um serviço, mas depois da negativa, sem insistência, quase sempre se passava a um diálogo normal, de conversa de acaso, sorridente, sem ressentimentos.

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Saimos daquele bairro que tanto nos agradou e demos de cara com o motorista de quem ainda agora nos tinhamos despedido. Por um momento pensei que nos ia submeter a nova vaga comercial, mas não, estava mesmo ali, no seu posto usual, à saída da estação de camionagem Astro (a companhia estatal de transporte por autocarro para cidadãos cubanos) e apenas nos desejou mais uma vez uma boa estadia depois de nos indicar uma vez mais o evidente: como chegar à Praça da Revolução, ali mesmo defronte.

Não tinha grandes expectativas para este local, e assim não me decepcionei. Mas é um sítio sem grandes atractivos. Um enorme espaço coberto de asfalto, o cenário para as grandes paradas e encontros projectados pelos ideólogos comunistas. Afinal está sempre assim, vazio, com uma mão cheia de turistas que vêm espreitar para logo se afastarem. O monumento é feio e não merece mais um miradela rápida. A representação de Che que se tornou uma imagem de marca de Havana é mais interessante, assim como o é a do seu companheiro de luta Camilo Cienfuegos, no edíficio mais ao lado.

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Junto à Praça da Revolução encontram-se a Biblioteca Nacional e o Teatro Nacional, mas ambos são construções sem atributos, feias, a começar a envelhecer, e nada bem. Escolhi um percurso alternativo para deixar a zona. Nada de muito elaborado, apenas uma forma de andar por outras avenidas e ruas, um pouco mais para o centro de Vedado, procurando alcançar a Coppelia.

Apesar de me ter agradado o passeio por este bairro, não seria algo que repetiria, pelo menos durante uma visita relativamente curta a Havana. E certamente não me hospedaria por aqui, apesar da enorma oferta na área da hotelaria, especialmente em casas particulares. É demasiado distante do centro de Havana, apesar de ser considerado centro pelos cubanos. Mas não é. O Vedado é um bairro residencial. Pode ter o seu interesse e os seus icones, como o imenso cemitério Cristobal Colon, que tanto interessou aos turistas que acabou por ser dotado com bilheteira que pede 5 CUC a quem o queira visitar (se for estrangeiro, claro). Acho que é a primeira vez que resisto à tentação de visitar um cemitério. Este tem excelente fama. Vem mencionado em todos os guias turísticos e é recomendado pelos próprios visitantes. Mas não me agrada nada a ideia de gastar dinheiro, de forma geral, e menos ainda para entrar num espaço desta natureza. Mas acima de tudo as imagens que vi não me cativaram.

Encontrámos a praça John Lennon, que ganhou o seu nome devido à estátua do Beatle, sentada num banco pronta a uma conversa muda com quem quer que deseje sentar-se ao seu lado. Inicialmente tinha óculos, óculos verdadeiros, de vidro. Mas eram roubados, deixou de os ter. Agora a cidade tem uma guardiã que coloca e retira os ditos óculos conforme existem visitas para John ou não. E quando chegámos haviam. Muitas. Uma trupe inteira de turistas. Sentámo-nos ao longe, a descansar um pouco, aguardado que se fossem. Depois, quando a costa estava livre avançámos para ver mais de perto a escultura. Chegou um casal de franceses. Éramos só nós. Foi um momento agradável.

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Acabámos de chegar à Coppelia depois de uma caminhada bem agradável pelo Vedado. O sol brilhava sem aquecer em demasia. Entretanto a fome tinha chegado e fizemos uma pausa numa pizzaria de rua. Esperámos pela nossa encomenda, que estava gostosa, e entretanto fomos observando as pessoas que por ali passavam. Agora, de barriga cheia, ainda apetecia mais o prometido gelado.

Existe imensa informação na Internet sobre esta mítica casa de gelados cubana, mas vou deixar o link para o respectivo artigo na Wikipedia. Se a memória não me falha a origem da Copellia está na visita de um alto dignatário comunista a Itália, já depois de 1959. Experimentou os afamados gelatos italianos e gostou tanto que cismou que haveria de os trazer para Cuba. Terá convencido Fidel e o Estado investiu o que foi necessário na aquisição da maquinaria e do know-how. Estava criada a Coppelia, um palácio do gelado de proporções gigantes, uma das maiores casas deste tipo em todo o mundo. Com o tempo foram sendo implementadas filiais nas principais cidades do país. Uma ida à Coppelia tornou-se um símbolo, uma actividade solene para qualquer cubano. Dizem que hoje está em decadência. Não sei, gostei bastante.

Tinha lido que se formavam longas filas, resultando em esperas superiores a uma hora para obter uma mesa. E estava preparado para isso. Quer dizer, quem tem CUCs, ou seja, alguns cubanos e todos os estrangeiros, não terá que passar por isso. Para esses existe uma sala que na práctica é um espaço VIP. Mas parece que a espera faz parte da rotina, e estava disposto a aguentar-me. Não foi preciso. Apesar de termos sido logo fisgados e inicialmente conduzidos para a tal sala especial, quando dissémos que iamos pagar em moeda local apontaram-nos o espaço comum e tivemos logo uma mesa. Não havia fila, nem haveria nos outros dias que voltámos. Talvez por ser Inverno e apesar de andarmos de t-shirt, os cubanos queixavam-se do frio.

Só há um sabor. Às vezes há dois. E mais umas variantes que mesmo depois de vários dias não conseguimos compreender inteiramente. Seja como for, o gelado para hoje é de morango. No primeiro dia – e apenas no primeiro dia, por alguma razão – antes do gelado foram logo colocadas em cima da mesa copos de água. Um gesto simpático. E depois veio o prato principal: um prato de plástico alongado com cinco enormes bolas de gelado, polvilhadas com bolacha ralada e açucar amarelo. Dizem que o gelado não é lá muito bom mas a mim soube-me divinalmente. Logo veio a última passagem, desta vez com a conta a pagar: 5 Pesos Cubanos, cerca de 0,15 Eur. Por um gelado enorme.

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Voltámos ao Malécon, perto do monumento às vítimas do USS Maine. Um incidente que nos remete para uma outra época histórica, que no fundo não será tão diferente da nossa: a da política de canhoneira com que os EUA governavam a América Central e além. Foi num período de conturbação que o navio de guerra USS Maine foi enviado para Havana, por ali ficou uns tempos fundeados até que uma poderosa explosão o destruiu e levou para o fundo 260 tripulantes. Corria o ano de 1898. Quatro anos antes da construção da “nossa” casa. Após a Revolução uma multidão irada atacou e mutilou o munumento, mas o que restou é ainda, mesmo assim, um monumento.

O mar estava um pouco bravo, encapelado pela forte brisa marítima, e ia molhando o passeio, tornando um pouco arriscada a caminhada daquele lado da estrada. Entretanto tinha chegado o meio-dia. O dia já ia longo, considerando que tinha começado antes das sete e já por muitos lados tinhamos andado e muito tinhamos feito. Já que estávamos ali, era tempo de repousar um pouco na maravilhosa Casa Blanca.

Enquanto caminhávamos fomos abordados por um casal de cubanos. Primeiro ela pediu lume, depois, já nem me lembro como, começámos a conversar. Um deles disse-me algo que me ficou no ouvido… sobre gostarem de falar com estrangeiros… que não podem viajar, então falam com quem o faz e passam a viajar com a imaginação. Foi um momento agradável. Falaram-nos no calejon de Hamel, que já conheciamos, convidaram-nos a ir tomar um copo, mas não ia dar mesmo… uma pena mas estava tão cansado que queria mesmo ir a casa esticar-me um pouco. Ficou um sabor de frustração na boca. É destes bcoadinhos que gosto de fazer as minhas viagens e ter-me-ia agradado muito estender a conversa.

Em casa a irmã do proprietário, que faz a gestão do negócio durante os longos períodos em que ele se encontra ausente em Itália, está sentada à conversa com outra mulher. É Maite (não sei se se escreve assim) que se tornou uma amiga nos dias que se seguiram. Fomos logo envolvidos num ambiente amigável, fomos contando as nossas experiências e expectativas, convidados para um chá. A ideia era descansar mas não aconteceu.

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Pela janela entrava o tom quente do saxofone. O músico estava sentado no muro do Malécon, lançado para o ar o som do seu instrumento, a pedra de toque necessário para afinar até à perfeição aquele ambiente. E, já recuperados os músculos, lá saimos de novo, agora sem destino, mas com uma enorme vontade de ver e rever Havana.

Foi mais uma caminhada – como tantas outras que nos dias de Havana sucederam – Malécon acima, desta feita em direcção ao centro, à foz do porto, às fortalezas. Há sempre personagens interessantes por ali, aspectos humanos que se renovam. Nunca nos fartámos de palmilhar por aquela marginal acima e abaixo. Um pai mostrava o mundo à sua cria, braço erguido, como numa pose estudada, só que não era, era um dos quadros mais antigos da existência humana, o da transmissão de experiências e conhecimentos de geração em geração.

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O dia estava agradável, gaiatos e graúdos tentavam a sua sorte com o mar, na expectativa de extrair aquela refeição substancial que tantos daqueles estômagos não teriam por garantida. Há barquitos que balouçam na crista da ligeira ondulação, amarrados ao fundo.

Entrámos na cidade velha, passando em alguns dos locais que se tornaram conhecidos na véspera, encontrando outros. Uma trupe de artistas de rua alegrava os espectadores, estrangeiros e locais, iniciando o seu número na Plaza de Armas e subindo rua Obispo acima. Nós, encontrámos o Hotel Inglaterra, outro marco histórico da cidade, o primeiro de Cuba, aberto em 1875 e contando no quadro de honra com nomes como Winston Churchil ou Sarah Bernhart (um excelente texto sobre a história do estabelecimento) e o famoso edíficio Bacardi, um marco arquitectónico de Havana, construido em 1929 como sede da então cubana Bacardi e renovado recentemente (2003), resultando num prédio de bom aspecto que delicia a vista, apesar da vizinhança feita de edíficios devolutos.

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Aliás, a partir daí entrámos na parte mais pobre de Havana Velha, com casas em muito mau estado, do pior que por aqui se encontra, gente muito pobre, ainda mais do que a média, e ruas de piso danificado. Há lojinhas de recordações mas este segmento de tecido urbano tem pouco de turistas. A maioria dos visitantes parece atemorizar-se com o vislumbre de pobreza evidente, recua, deixa estas ruas em paz. As pessoas sentam-se nas soleiras, em cavaqueira de vizinhos. Há um pouco de tudo. Lojas locais, cafetarias, oficinas, gráficas. Algumas fachadas ostentam o símbolo de “casa particular”. Não é de espantar, são milhares, em toda a cidade.

Já na orla do bairro vamos dar a uma simpática praceta onde existe uma igreja e uma figura em bronze cuja história desconheço. Parece uma senhora dos velhos tempos, talvez coloniais. Um quadro da vida quotidiana de então, usando uma figura antropomórfica para realçar a ideia?

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Acabamos por ir ter à praça fronteira ao Museu da Revolução, que será o local mais visitado de Havana, mas que aquela hora estava tranquilo, já encerrado. Estava no meu plano de visita, mas acabou por nunca acontecer. Indentifiquei de imediato o local graças à peça de artilharia auto-propulsionada que se encontra em frente ao edíficio. Dizem que sob o comando de Fidel Castro em pessoa este canhão atingiu um navio da Marinha dos EUA durante o incidente da Baia dos Porcos, mas pessoalmente creio ser pouco provável. Seja como for, parece mesmo ter sido o posto de comando do líder da Revolução durante as operações desse dia.

Junto ao Museu, o memorial do Granma, que alberga o iate que transportou Fidel Castro e seus muchaxos do exilio para a luta armada nas montanhas de Cuba, num movimento que se concluiu com a tomada do poder final.

Ao seu lado, um pedaço sobrante da antiga muralha de Havana, que aparece aqui e acolá, pelo meio da malha urbana. Um “jinetero” aborda-me, com pouca esperança e menos insistência. É estranho, estar num local tão concorrido mas naquele momento tão tranquilo e deserto. Ali ao lado, outro dos hotéis históricos da cidade, o Sevilha.

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São quase cinco e meia, o sol já vai baixo. Foi um longo dia e está na hora de iniciar a viagem de regresso. Cruzamos o Paseo do Prado, que é ali bem perto, mas em vez de percorrer o Malécon desta vez seguimos a rua San Lázaro, que se tornou, para mim, um símbolo de Centro Habana.

Já mais à frente, quase a chegar ao nosso edíficio, viramos à esquerda e encontramos finalmente a marginal. As cores quentes do por-do-sol tingem a paisagem. Um navio militar sai da barra, dirige-se ao alto mar, sabe-se lá com que missão. Chegamos, por fim. Como na maioria dos dias em Cuba, não houve um serão digno de menção. Os dias acabavam com a chegada da escuridão, quando o corpo latejava e os atractivos lá fora se reduziam drasticamente.

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