Esta história começa com uma necessidade: comprar bilhetes de autocarro para sair de Havana, bilhetes esses que só estão disponíveis na estação da camionagem que fica uns bons quilómetros afastada do centro. Solução? Apanhar um táxi, 10 Eur para cada lado. Não serve. Descobrir outra maneira… e acabar por o fazer à cubano, usando um táxi partilhado.

Sair para a rua e começar a fazer sinal aos velhos carros americanos – uma imagem de marca de Cuba – que funcionam como táxis colectivos. Ao fim de duas tentativas fracassadas vamos a caminho. Aquilo sim, é viver Havana. À frente, o Joel, o condutor, e um casal muito afro.  No rádio do carro soam os ritmos quentes de Cuba. A cena parece saída de um filme Dirty Dancing, o carro, a música, as personagens. E vamos, avenidas acima, passando em frente ao clássico hotel Habana Libre, onde Fidel Castro estabeleceu o governo provisório depois de entrar na capital do país, em 1959.

Não consigo resistir ao momento. Levanto a câmara, com a rapidez possível, ajusto os parâmetros, manualmente, como sempre faço, e executo um par de disparos. A fotografia que aqui apresento é o fruto desse acto. Se olhar com atenção para o espelho retrovisor verá o Cruzamundos lá, em pequenino.

Às tantas há um momento em que não há outros passageiros no táxi e é então que o Joel começa a falar connosco. Propõe-nos o serviço de transporte para o aeroporto, para o dia em que, inevitavelmente, partiremos. Ficam as coisas agendadas, e uma semana e tal mais tarde, à despedida, temos uma bela conversa. Sobre o Joel já tinha escrito outro artigo, na rubrica Pessoas do Mundo, que poderá ler se sentir curiosidade.

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