Voos e Aeroportos

Um dia feito de viagem. Nem foi preciso começar muito cedo. Boleia para o aeroporto, tudo normal, procedimentos de partida, um pessoal de terra Easyjet muito tolerantes com as bagagens (simplesmente sem qualquer atenção e muito menos verificação).

Quase três horas mais tarde, aterragem em Gatwick. Há sol parcial. Acho que é a primeira vez que vejo tanto sol em Inglaterra. Agora são quatro horas de espera. Ler, ler… avançar a leitura do Até Amanhã Camaradas que surpreendentemente estou a apreciar.

Na hora prevista fazer o hiking que o aeroporto prevê ser de 10 minutos até à porta de embarque. A tripulação deste avião parece saída do liceu. Entre todos a média de idades não deve ser superior a 24 anos. O pessoal de cabine anda pelos 20, o comandante terá um pouco menos de 30.

Foi um voo quase santo, sem crianças, sem grandes conversas em redor, com espaço em meu redor. Só estragava o sossego as gargalhadas rudes de um espanhol, uns quantos bancos atrás.

Na Islândia

À chegada uma pequena catástofore pessoal esteve muito próxima: deixei o estojo do computador e do tablet no lugar. Não fosse um passageiro a avisar-me, já bem à frente no corredor do terminal e teria estragado esta viagem. Voltei atrás e a tripulação passou-me o item. Já no voo anterior o estojo do e-reader ia ficando lá e o blusão corta-vento e impermeável – uma ferramante essencial na Islândia – caiu no compartimento da bagagem e não fosse alguém me avisar também teria ficado para trás.

Andando pela manga, a temperatura não pareceu especialmente agreste. O comandante tinha falado em 2 graus. Menos mal.
O aeroporto é pequeno. Num instante estava cá fora, bilhetes para o autocarro para Rejkavique comprados. E cá fora é que ficou claro a diferença que faz um bom vento gelado. Que frio!

A viagem até à capital é de cerca de 50 km e fez-se em quase uma hora. O terminal da empresa da camionagem não fica muito distante do centro, mas o local tem um aspecto ermo, no meio de estradas e solo rochoso nu, bem caracteristico do país. Contactos feitos, o nosso anfitrião virá recolher-nos mas apenas um pouco mais tarde. Tudo bem, há wi-fi gratuita na estação – algo que teoricamente deverá também acontecer a bordo do autocarro mas não hoje.

O Anfitrião

Ele chega. É um homem mais ou menos da minha idade. Timido. Lá vamos, depois de uma paragem para abastecer de combustível chegamos a casa, localizada nos subúbrios, a cerca de 5 km do centro. Depois de nos instalarmos reunimo-nos na sala à conversa, que durará umas quantas horas.

Apesar de estarem -2 graus lá fora e um sentir o frio que apenas posso imaginar, devido ao vento, o quarto está tão quente que nem preciso de me cobrir com o edredon dispensado pelo anfitrião. Passei uma bela noite, apesar de acordar sem sono às 6:50, que serão 7:50 de Portugal.

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