09Mai-01

No segundo dia em Vilnius diverti-me. No fundo mais não foi do que visitar os locais que me tinham fascinado durante a anterior visita, mas gosto tanto desta cidade que foi um enorme prazer revisitar tudo isto.

Quando despertei olhei imediatamente para a janela, ansioso para ver o que o tempo me reservava para aquele dia. Não estava mau de todo, e assim iria permanecer… céu parcialmente coberto. Considerando os últimos dias, um luxo!

09Mai-02

Mesmo assim ainda preguicei um bocado. Não sentia nenhuma urgência em sair, e, de facto, já passava das onze horas quando me pus na rua. Dia 9 de Maio. Dia da Vitória, isto é, para o ex-mundo Soviético. Vitória sobre a Alemanha em 1945. Mais uma vez estou no local errado… tivesse-me eu apercebido da importância da data e teria antecipado em 24 horas a minha chegada a Minsk, onde as comemorações da ocasião são monumentais. Em Vilnius nada de se passa. Mesmo assim o Martynas sugeriu-me visitar um cemitério de guerra que havia não muito longe de sua casa, mas infelizmente não consegui dar com ele. Depois de dar umas voltas desisti e fui caminhando em direcção ao centro, por uma rota que não conhecia.

09Mai-03

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Por fim cheguei ao centro, que assim como assim não é muito distante da casa dos meus amigos… talvez 2 ou 3 km, uma meia-hora a andar. Não vou descrever detalhadamente todos os locais que revisitei… mas, em suma, passei pela praça da catedral, talvez o centro turístico de Vilnius e, por coincidência, o ponto que menos me agrada, depois andei pelas ruas da cidade antiga, detendo-me na adorável “parede dos escritores“. Depois, uma incontornável visita a Uzupis, uma república “independente” no seio da capital lituana. No fundo foi uma tarde passada nas calmas. Andando para onde o vento me empurrava, espreitando aqui e acolá. Apesar de não chover havia demasiadas núvens lá em cima, e de facto as coisas tinha parecido mais atraentes na minha anterior visita, quando apanhei dias de sol e céu inteiramente azul.

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Ainda tive oportunidade de descobrir alguns pontos novos para mim. Subi a um miradouro que oferece uma vista priviligiada sobre a cidade, o que de resto não é raro, considerando a morfologia irregular que envolve a baixa de Vilnius. Vi que numa área que em 2012 se encontrava vedada nasceu agora um bonito parque urbano. Há flores, muitas flores. E gente, positiva, muito mais positiva que os materialistas vizinhos estónios.

A meio da tarde fui-me encontrar com outros amigos lituanos, na realidade só duas moças, que o respectivo de uma delas não é uma criatura social, e o outro, com muito pesar expresso, tinha sido chamado para um trabalho inesperado. O ponto de encontro era num pub que tinha sido o meu favorito há dois anos atrás, e que mantém toda a qualidade. Foi bom rever estas caras conhecidas, que tinha visto pela primeira vez não aqui, mas, vá-se lá imaginar, numa aldeia perto de Girona, na Catalunha, onde tivemos um jantar memorável, durante o qual não pararam de aparecer especialidades lituanas, trazidas para cima da mesa a partir de um saco mágico, sem fundo, que estes meus amigos tinham com eles.

Pelas 17 horas o Martynas ligou-me e veio ter ao pub. As minhas amigas tiveram que ir, e nós os dois fomos passear um pouco. Juntaram-se-nos o cunhado e respectiva cara-metade e, ainda mais tarde, a Viktorija, e juntos fomos percorrer a cidade. Foi bastante divertido. Um dia em cheio.

A noite não foi longa. O Martynas tinha que trabalhar no dia seguinte e eu tinha um comboio que apanhar muito, muito cedo. O bilhete, esse já tinha sido adquirido pelo meu amigo, há umas semanas atrás, só para ter a certeza que não existiam surpresas de última hora.

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