18Mai-01

Domingo. O meu amigo Darek estará de volta, logo, posso voltar a ter um canto gratuito para dormir. Mas isso será apenas mais logo. Para já encomendo um pequeno-almoço, pago à parte, no hostel. É um pequeno luxo, custa-me 2 Eur. Peço para me guardarem a mochila, pago e saio para a rua.

Inicio a passeata pelo mesmo eixo central que referi ontem, onde todos os palácios e universidades se encontram. Depois, derivo para a direita, aproximo-me do rio. Vou à procura de um café que o Darek me tinha aconselhado. Antes, vejo um outro, o Cafe Kafka, cheio, de gente ao sol; no relvado que sobe a meia colina mesmo defronte há clientes com cadeiras de praia que bebem o seu café enquanto se bronzeiam. Tomo nota mental e continuo à procura do outro estabelecimento, o que me foi recomendado. Encontro-o mas não me encanta. Mesmo assim prefiro o que está na porta ao lado. Sento-me a queimar algum tempo – que hoje vou ter muito pela frente – a beber uma cerveja, depois, outra, enquanto usufruo do Wi-Fi fornecido.

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Que fazer mais… ainda falta tanto tempo para chegar o meu amigo… volto ao eixo central,  a atmosfera está óptima, com muita gente a gozar deste Domingo cheio de sol. Há artistas de rua… um grupo de “dancers” dá espectáculo, com os seus movimentos de malabaristas da música. Mais à frente um outro tipo prepara a sua actuação, mas de forma tão teatral e requintada, que me aborreço de o ver e ouvir antes de conseguir perceber o que irá na realidade fazer.

Se ontem me rendi às portas da cidade antiga hoje conquistei-a, percorrendo as suas ruas, tirando fotos para a esquerda e para a direita. É incrivel como tudo isto é artificial, falso, tendo sido construido após 1945, usando-se planos e fotografias antigas para recuperar os destroços da Varsóvia arrasada durante a Guerra. Há gente a mais. Penso em gastar uns Zloty com um gelado mas as filas não me agradam. Decididamente esta parte da cidade encantou-me mais quando a visitei pela primeira vez.

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O tempo vai passando. Se calhar vou até ao hostel, buscar os meus tarecos. Ainda são uns quilómetros. E depois serão mais uns quantos até casa do Darek. Muito palmilha o pobre viajante, nestas andanças para trás e para a frente.

Já carregado procuro a casa de kebabs que me encantou na véspera e janto da mesma forma, desta feita sentado na sala de jantar, sozinho. Mas o kebab está tão bom ou melhor do que na véspera. Que delicia. Antes de caminhar para casa ainda vou rondar o Palácio da Cultura e das Ciências, aquele enorme dimossauro de outros tempos. É mesmo assim a mais notável das referências na paisagem urbana de Varsóvia.

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Afasto-me daquela zona, nas calmas, que ainda tenho bastante tempo. A tarde chega ao fim. Passo por um brutamontes de cabeça rapada que está a ter um ataque hormonal, que envolve cânticos sinistros e urros supostamente bastante machos.

Perco-me um pouco ao tentar chegar a casa, mas lá dou com aquilo. O Darek já chegou. Conversamos um pouco, não muito, que estamos ambos cansados e de resto tenho uma alvorada para a dia seguinte. Vou apanhar o autocarro da Polski Bus – uma companhia com nome polaco mas que é na realidade escocesa – que me levará até Wroclaw, uma cidade que fica bem perto da fronteira com a República Checa que nos meus tempos de Praga pensei diversas vezes em visitar… mas nunca sucedeu.

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