A notícia já tem umas semanas mas chegou-me hoje às mãos. Há uns meses publiquei um longo artigo sobre as opções profilácticas da malária e as decisões que o viajante poderá tomar em relação a esta doença. Há muita gente que não sabe, mas não existe uma vacina contra a malária (ou paludismo). Os fármacos existentes limitam-se a reduzir, por vezes até à insignificância, os efeitos de uma eventual contaminação, que sucede através da picada de uma determinada espécie de mosquito.

Mas este ano um grupo de investigadores australianos anunciou uma aproximação à obtenção de uma vacina efectiva contra várias estirpes da doença. As experiências feitas em ratos de laboratório tiveram resultados positivos e não houve registo de contaminação. O parasita da malária aloja-se habitualmente nos glóbulos vermelhos do sangue, mas com a administração da vacina, os glóbulos brancos dos ratinhos inoculados reagiram bem, atacando com sucesso os parasitas.

universidade-griffith

Os resultados da experiência foram publicados no Journal of Clinical Investigation, num artigo denominado Cross-species malaria immunity induced by chemically attenuated parasites;  Michael Good, da Universidade de Griffith, Queensland, afirmou que o grande sucesso agora obtido se baseia no facto de “terem conseguido induzir uma resposta imune, que é capaz de reconhecer no parasita moléculas que existem em todas as estirpes”.

Se a vacina contra a malária se tornar uma realidade, o dengue passará a ser a próxima preocupação do visitante, essa ameaça hoje tão esquecida, mas que pode ser tão nefasta como a velha malária.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui