Foram três dias em Kuala Lumpur, que não vou relatar em detalhe, porque na realidade seriam uma espécie de parêntesis nesta viagem, um quase desvio para algo especial.

Quando há mais de 11 anos me iniciei nas andanças do Couchsurfing, o meu primeiro acto prático, depois de criar um perfil, foi receber um jovem casal de malaios. Natasha e Shafril, namorados, que na altura acabavam os seus estudos na universidade de Newcastle, preparavam-se para deixar a Europa em estilo, explorando-a exaustivamente antes de regressarem para uma vida profissional intensa e sem espaço para grandes evasões.

Portugal – e a minha casa – foi a sua paragem inicial e primeira experiência de Couchsurfing. E eles foram a minha. Correu tudo bem, foram uns dias maravilhosos. Durante algum tempo perdemos o contacto e depois, já nem sei bem como, com a ajuda do Facebook, voltamos a comunicar. Tinham casado e já havia duas meninas na família.

Há dois anos, durante a viagem da Indochina, era suposto ter acontecido esta visita, mas a Air Asia aumentou os preços a valer quando estava para comprar bilhetes e o desvio ficou sem efeito. Foi agora.

Durante estes três dias não se fez bem viagem. O tempo foi passado em casa ou em passeios locais, ao mercado. A outro mercado. Um pouco de Geocaching, que eu lhes tinha apresentado em 2005. Fomos ao centro governamental do país, a um par de parques. A um centro comercial. Como disse, foram dias parados, em termos de roteiro. Não estava na Malásia para nada, apenas para visitar a Natasha, o Shafril, e as meninas.

Foi agradável, uma espécie de pausa na loucura da viagem pela Ásia.

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