Finalmente de partida do Brunei. Sem pressas. O avião é a meio da tarde mas não tenho absolutamente nada para fazer até lá. Acordo às sete, depois de outra noite bem passada. Deixo-me estar ali um par de horas e depois ouço barulho na cozinha e vou dizer olá à anfitriã. Ficamos a conversar sobre coisas da vida e outros assuntos durante mais uma hora. Ela tem que sair, eu não, mas já agora aproveito a boleia para a paragem de autocarro e vou também.
Uma viagem sem história até ao centro. Vou à minha Wi-Fi que diz, mal, que hoje já usei o meu tempo. Ah mas a pagantes aquilo é barato… compro um crédito sem limite de dados para 24 horas e pronto… já tenho com que me entreter, até porque existe rede desta no aeroporto.
Faço as minhas coisitas, vai chegando a fome e tento um restaurante paquistanês que tinha visto na véspera. Mas aquilo está vazio, não tem menú… nah… meia-volta, hoje fico-me pelo Burger King – muito mau, mas pelo menos deixei o meu computador à carga durante um bocado.
E agora para o aeroporto. Simples, com o autocarro, que em poucos minutos me deixa mesmo à porta do terminal. Ora aqui está uma coisa a correr mesmo bem… pirar-me do Brunei.
Claro que ainda tinha bastante tempo. Mais Internet. Tirar a barriga de misérias, vício do Facebook e outros, que a velocidade de acesso era bem boa.
A chegada ao aeroporto de Singapura, Shangi Airport, foi tranquila, com uma passagem rápida pelo controle de passaportes e outra pela caixa de Multibanco. Depois, transferir-me para o terminal 3, onde se encontra a estação de metro, usando um veículo não tripulado que faz a ligação entre ambos os locais.
Comprar o bilhete de metro foi uma tarefa ligeiramente mais complicada: o meu cartão de crédito não era aceite e as minhas na notas de 50 dólares também não. Mas a senhora da bilheteira trocou-me o dinheiro e finalmente pude seguir.
Já se fazia tarde quando cheguei à estação Eunos, onde a Felicia e a sua cadela me esperavam. Seguiu-se uma pequena caminhada até casa, conversa, a apresentação ao espaço, ao “meu” quarto, que na realidade era da amiga e sócia da Felicia, que vive em Paris com o marido italiano.
Nesta noite dormi muito bem, com a janela aberta, embalado pela fresca brisa nocturno a que se juntou, a meio da noite, o tamborilar da chuva.