Ilhas Canárias. Como quase sempre sucede, nem me lembro de onde surgiu o projecto desta viagem. Ah! Acho que foi durante um vôo Ryanair, ao ler um artigo na revista de bordo sobre destinos quentes para o Inverno. Foi portanto, um projecto Ryanair: não só a ideia veio da low-cost irlandesa, como a sua concretização se tornou possível graças ao baixo custo dos bilhetes. Foram seis vôos, que custaram no total 47 Euros.

Como apenas em Março a Ryanair reatará a ligação Faro-Madrid a coisa complicou-se um pouco, envolvendo uma passagem pelo Porto, que aceitei com gosto e extendi por dois dias, para pôr a conversa em dia com amigos daquela cidade. Depois, mais uma noite em Madrid, de novo para rever amigos. E finalmente a viagem para Lanzarote, a única a escapar à mancha Ryanair, uma vez que a Easyjet oferecia o trajecto por um valor mais simpático e com melhor horário.

Quase todas as dormidas destas dez noites se integraram no projecto Couchsurfing, à excepção dos dias de Lanzarote. Aí, foi feita uma reserva no Aparthotel Costa Volcan & Spa, para um apartamento T1 à módica quantia de 24 Eur  por noite, incluíndo Internet Wi-Fi. Localiza-se este pequeno complexo turístico em Puerto del Carmen, numa posição estratégica, um pouco fora do centro da agitação mas contudo a uma distância que se anda facilmente.

Saímos de Madrid por volta das quatro e meia da tarde. Chegada a Lanzarote duas horas e meia depois. Depois de alguma hesitação, ftinha decidido alugar um carro para o bloco completo de sete dias que passaríamos nas Canárias. Saiu mais barato, mesmo pagando a travessia por ferry de Lanzarote para Fuerteventura, do que dois alugueres separados de menor duração. Custou 108 Eur. O preço  da gasolina, que nas Canárias custa neste momento 0,98 Eur, ajudou a baixar o orçamento para esta viagem.

Encontrámos facilmente o nosso aparthotel, e depois de nos instalarmos fomos dar uma volta pelas imediações. Encontrámos a zona animada, num passeio muito agradável junto ao mar. O ambiente era idílico. Assim que desembocámos das ruas secundárias, vindos do apartamento, demos de cara com um restaurante simpático, onde dois casais jantavam nas mesas exteriores, mesmo junto ao mar. A temperatura era ideal, a rondar os 20 graus, e soprava uma brisa muito ligeira que não incomodava nada. Espreitámos os preços. Surpresa! Num local daqueles, com ambiente tão aprazível, e os pratos custavam menos de 10 Eur. Decidimos regressar no dia seguinte, mas para já queríamos explorar mais. Fomos entrando numa área com mais agitação, mas mesmo assim, muito razoável. As esplanadas dos diversos restaurantes, todos eles com muita personalidade, estavam bem compostas. Acabámos por chegar a uma praça central, com uma configuração a revelar a natureza original de Puerto del Carmen: a actividade piscatória. Num terreiro, homens locais jogavam petanca, com um ou dois estrangeiros a assistir.  Prosseguimos um pouco mais, por um passadiço em madeira, com o mar de um lado e construções locais a erguer-se na encosta, do lado oposto. Mais uns quantos restaurantes e habitações genuínas, mesmo em cima da água. Quando iniciámos o caminho de volta sabíamos que tínhamos tido uma imensa sorte na escolha do local da nossa base, feita praticamente ao acaso. As férias nas Canárias prometiam!

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