As Pequenas Rotas e a PR 14 LLE

Este percurso pedestre faz parte de um conjunto de trilhos preparados pela autarquia louletana para deleite dos caminhantes que pretendam esticar um pouco as pernas neste concelho algarvio.

Como muitos sabem, PR significa Pequena Rota, e LLE corresponde a Loulé. Esta é então a Pequena Rota número 13 do concelho de Loulé e estende-se em redor da aldeia de Tôr que será também visitada por quem quer que siga o percurso.

Ao contrário do que sucede com a maioria dos PR’s em Portugal, não existe neste um painel interpretativo com as características do percurso e uma descrição sumária. Pode contudo sacar essa informação em formato PDF seguindo este link, que aponta para o website da Câmara Municipal de Loulé.

O PR 13 de Loulé tem 5,3 km, sendo circular. Ou seja, pode ser iniciado em qualquer ponto, sendo que o final será onde se começou o passeio. Uma grande vantagem para quem tem apenas um carro, já que não será necessário regressar à viatura repetindo parte do trajecto.

É portanto um percurso pequeno, muito acessível aos iniciados nestas andanças das caminhadas, até porque tem poucos desníveis, ou seja, é basicamente plano, sendo fisicamente pouco exigente. Além disso está muito bem marcado e há poucas probabilidades de que alguém se perca durante o passeio.

Ponte Medieval ou Árabe, Quintas e Cavalos

Um bom ponto para se iniciar a aventura será junto à ponte antiga de Tôr. Esta estrutura foi durante muito tempo atribuída aos Romanos mas novos estudos indicam que no século XII ainda não existiria, sendo portanto medieval. É fácil chegar de carro e estacionar junto à extremidade norte da ponte, podendo começar por atravessar o seu tabuleiro multi-centenário.

Segue-se o pedaço menos agradável da caminhada, felizmente de apenas um par de centena de metros, pela berma da estrada principal. Vira-se então à direita, por uma estrada de terra batida. Por essa altura já teremos visto as vinhas da Quinta da Tôr, que produz um dos vinhos mais relevantes do Algarve.

Vamos passar junto a uma quinta com muitos cavalos e é possível que se possam observar bem de perto alguns exemplares. O passeio prossegue com algumas travessias da ribeira de Tôr que poderão implicar descalçar e arregaçar as calças ou simplesmente passar completamente a seco, dependendo da época do ano em que se faça a caminhada.

A Estação da Biodiversidade e a Ribeira de Tôr

Os primeiros quilómetros passarão com naturalidade e sem grandes destaques. Há que apreciar a natureza que nos rodeia e respirar o ar puro do campo. E com isto chegaremos ao “campo da bola” da aldeia onde se tornará evidente que existe uma sobreposição de percursos: parte do “nosso” PR 14 decorre sobre o trajecto da Estação da Biodiversidade de Tôr, que tem uma extensão de 2 km e é enriquecida com uma série de painéis interpretativos sobre a fauna e flora da área. 

Por esta altura estarão concluídos cerca de 3/4 do passeio e a aldeia de Tôr estará próxima. Mais um pouco de terra batida entre alfarrobeiras, medronheiros e chaparros e logo estaremos a tocar o casario branco da povoação.

A Aldeia da Tôr e o Final

Alguns cães se insurgirão contra a chegada dos caminhantes mas deverão estar presos e não será perigoso passarmos. Vamos agora atravessar a aldeia, passando junto à igreja matriz, ao lavadouro público, há muito caído em desuso, e a um curioso monumento que celebra a longa luta de Tôr para elevação a sede de freguesia. Uma jornada que se estendeu entre o início do século passado e o ano de 1997. A escultura foi executada Francisco Silva, que usou pedra para o projecto.

Trata-se de uma aldeia adormecida e que, apesar de não se encontrar muito longe de Loulé, caminha para uma desertificação gradual que se começa a notar. Não se passa muita coisa nas ruas e raras são as pessoas que se podem avistar.

Entre o centro da localidade e a Ponte de Tôr, um lugar que passa por subúrbio da aldeia, serão mais uns duzentos metros e, vencidos estes, estaremos junto ao nosso carro. É o fim de um passeio ligeiro que se faz em pouco mais de uma hora. Não será o percurso pedestre mais aventuroso ou fascinante da região, mas é ideal para quem não tem muito tempo disponível ou para os que não têm forma física para uma caminhada mais extensa.

Quando fazer o passeio?

A melhor altura para fazer esta caminhada será na época de inverno ou no início da Primavera ou até mesmo no final do Outono. O que é preciso é que tenha chovido o suficiente para a natureza se encher de verde e para a água correr abundantemente na ribeira.

Por outro lado é também nestas alturas que as temperaturas são mais adequadas à caminhada, longe do calor do verão.

Ficheiros para o Passeio

Pode puxar do website da Câmara Municipal de Loulé três ficheiros relevantes para este passeio. Em formato GPX e KMZ para utilização em GPS’s e software como o Google Maps ou Google Earth, e um PDF com informação e ficha de percurso.

Se estas ligações não funcionarem, devo poder arranjar os ficheiros a partir do meu arquivo pessoal. É questão de me enviarem uma mensagem.

 

 

 

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