As Pequenas Rotas e a PR 11 LLE

O PR 11 LLE é mais um dos quase vinte percursos preparados pela Câmara Municipal de Loulé para deleite dos amantes das caminhadas.

PR significa “Pequena Rota”, LLE advém do município de Loulé e 11, claro, é o número do percurso.

Inicia-se numa pacata aldeia chamada Amendoeira, localizada a noroeste de Loulé, quase a tocar o município de São Brás de Alportel. As estradas que aqui conduzem são pouco utilizadas, ramificam-se para oferecer acessos às populações rurais que se espalham pelos montes do barrocal algarvio.

O PR 13 de Loulé tem cerca de 8 km e é circular. Existem dois painéis interpretativos, sendo ambos bons pontos para iniciar (e acabar o passeio). Um deles está situado junto à Fonte Filipe, mas optei por deixar o carro perto do outro, que é aliás o ponto de partida “oficial”, recomendado pelos criadores do percurso: na Amendoeira, não muito longe do café Mateus. Ali, parti em direcção a oeste, uma opção tão boa como a oposta. No fundo, é irrelevante.

Trata-se de um passeio relativamente curto e o terreno é basicamente plano, sendo muito adequado para quem procura uma caminhada fácil e rápida. Se mantiver uma cadência regular, em duas horas estará concluído o passeio.

Como em todas as PR’s do concelho de Loulé a marcação está muito boa e é pouco provável que tenha dificuldade em seguir o trilho, mesmo sem a ajuda de um GPS.

Até ao Moinho da Ti Casinha

Do ponto de partida até ao Moinho da Ti Casinha é mais ou menos metade do percurso. É também ali que se encontra o ponto mais distante, já quase a tocar a aldeia de Querença e o PR 13 LLE – Serras e Montes.

Quase todo o percurso é feito em trilho intimista, por entre valados e campos que em boa parte do ano se tornam verdejantes. Não existem pontos de destaque para além do Moinho da Ti Casinha e da Fonte Filipe.

E que moinho é este? Sabe-se que tem origem árabe, tendo sido recuperado em finais do século XX. É também conhecido como o Moinho do Azevedo, nome herdado de um antigo moleiro. No início do nosso século funcionava aqui um restaurante muito popular, onde as pessoas comiam o que tinha sido preparado para aquele serão e que era sempre de grande qualidade. No folheto informativo preparado pela Câmara pode-se ler:

“É um dos principais monumentos de arqueologia hidráulica de todo o Algarve, com uma invulgar combinação dos dois tipos de engenhos presentes em moinhos de água. Toda a água necessária para o seu funcionamento provém do Açude do Porto Pinheiro, situado na
Ribeira das Mercês, 500 metros a montante, que aqui chega através de uma levada comunitária que alimenta as hortas locais. Recuperado em 1993, este moinho de três pisos encontra-se operacional, embora só com uma das rodas a azenha. Ao lado do moinho e junto de uma bela eira, pode ainda ver-se um poço provido de cegonha (ou picota), um engenho muito primitivo de tirar água”

Note que o percurso não passa pelo moinho, encontrando-se este junto à ribeira, no ponto mais afastado do percurso em relação ao seu início. Poderá ser visto, mas a uma certa distância.

A Segunda Metade: do Moinho até Final

Entra-se agora por uma estrada, tranquila, com boas sombras e uma frescura que advém da proximidade da ribeira. Este troço extende-se por cerca de quilómetro e meio e traz-nos até junto de um outro moinho de água, recentemente recuperado por privados e fechado.

Logo à frente encontramos a Fonte Filipe, um local que já foi muito popular e onde era comum verem-se famílias passar bons dias de fim-de-semana em alegre convívio. Claro que ainda aqui se vem, mas os seus dias d’ouro já pertencem ao passado.

Seguem-se mais umas centenas de metros em alcatrão e chega-se ao lugar de Almarjão. Ali voltamos ao trilho entre valados. Será o adeus a este passeio, já que não demorará muito a atingir a estrada principal que cruza a Amendoeira, onde encontraremos a nossa viatura.

Quando fazer o passeio?

A melhor altura para fazer esta caminhada será na época de inverno ou no início da Primavera ou até mesmo no final do Outono. Ao contrário de outros percursos algarvios que ficam a ganhar com a precipitação fluvial que oferece vida aos ribeiros da região, este PR tem apenas um contacto fugaz com um curso de água, que será necessário atravessar.

Por outro lado é também nestas alturas que as temperaturas são mais adequadas à caminhada, longe do calor do verão.

Ficheiros para o Passeio

Pode puxar do website da Câmara Municipal de Loulé três ficheiros relevantes para este passeio. Em formato GPX e KMZ para utilização em GPS’s e software como o Google Maps ou Google Earth, e um PDF com informação e ficha de percurso.

Se estas ligações não funcionarem, devo poder arranjar os ficheiros a partir do meu arquivo pessoal. É questão de me enviarem uma mensagem.

 

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