Dia 4 de Fevereiro de 2020, Terça-feira

O voo para Lima é à tarde. Será um dia sem nada a assinalar. O hotel não serve pequeno-almoço mas nas ruas não faltam opções.

Como tem sido costume, o dia está outra vez cinzento. Escolhemos o local para comer. Peço uma sandes de ovo e fico muito satisfeito. É um regresso gastronómico a casa. É tal e qual as sandes de ovo que se comiam – não sei se ainda se comem – nas tascas de Lisboa nos anos 70 e 80. Está deliciosa! Peço outra. E outra. Ah rica descoberta! Tudo bem  regado com um jarro de sumo natural. Este pequeno-almoço pôs-me um sorriso na cara.

Lá fora começou a chover. Bem, chover é um eufemismo. A água caia como e existe aqui uma cascata. Do prédio da frente o caudal era tal que não sei como não perfurava o asfalto da rua.

Porque não havia nada a ver em Jáen tinha pedido à senhora do hotel para marcar com o taxista bem cedo. Esperar por esperar, acho que preferia o terminal de um aeroporto do que o centro de Jáen.

Um bocado antes da hora estávamos sentados junto à recepção e apareceu o condutor. Fomos. Sempre a abrir, até enjoei. Se calhar tinha sido mesmo melhor ir de tuk-tuk, poupava dinheiro e indisposição.

No terminal. Agora é esperar. É um aeroporto pequeno, claro. Na esplanada os passageiros fazem tempo. Há alguns estrangeiros, poucos. A multidão é peruana. Há um casal misto, com um tipo norte-americano e uma moça local. Há um homem com uma t-shirt da esquadra de helicópteros da Força Aérea. Famílias. Um par de turistas.

Entra-se para a sala de espera. Uma menina faz um inquérito sobre turismo em Jáen aos poucos estrangeiros que descobre.

Um voo sem história. Ao cair da tarde. Cores bonitas no horizonte, agora banhado por algum sol.

Chegada a Lima. Transporte por autocarro expresso para o centro. Não é muito barato mas é uma paz de alma. Vai vazio. Somos nós, uma mãe e um filho e outra passageira. Como que um táxi quase privado por uma fracção do preço.

Lá fora é de noite mas a hora de ponta está no auge. Muito trânsito. A viagem demora o tempo previsto e chegamos. Agora é caminhar para o hostel, que fica aqui a umas centenas de metros. Lima não é das cidades mais seguras mas certifiquei-me que não havia riscos neste trajecto. Não há. A área é considerada segura e do hostel garantiram que seria quase impossível haver um problema.

Foi um passeio relaxante, naquele estado de alma tipo “finalmente aqui”. Hostel simpático. Foi bem escolhido, numa cidade com poucas opções verdadeiramente atraentes.

Fome. Mas não há nada para comer nas imediações. Só mesmo… no lugar onde o autocarro nos deixou. Lá vamos, buscar umas pizzas para trazer. Voltamos. Ainda estão bem quentinhas. Comemos com prazer nas mesas no exterior do hostel. E está feito o dia. Amanhã começará a exploração, muito sumária, da cidade de Lima.

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