Este foi um dia especial. Um dia sem fotografias. Um dia de contingência. Foi o dia em que fui roubado. Nada de espectacular ou aventuroso. Nada que fique para contar aos netos à beira da lareira. Simplesmente a janela do segundo andar ficou aberta durante a noite e de manhã, do meu computador que estava à carga, estava lá o carregador. Procurei o telefone para ligar à minha anfitriã e também só encontrei o estojo. Nem queria acreditar que tinha sido um assalto, até porque junto ao telemóvel estavam umas dezenas de Euros em moeda local e a Nikon D90.
Não vale a pena reescrever o que já foi contado num artigo dedicado ao episódio: O dia em que fui assaltado. E para não deixar este texto sem nenhuma ilustração incluo a imagem da minha caminha, para que o leitor imagine a cena… vindo do lado esquerdo, o larápio foi ao meu lado buscar o telemóvel que estava no canto, entre a cama e a parede.
Fora isso, não há muito para contar neste dia. De manhã andámos a tratar dos assuntos com a polícia, sempre profissional e atenciosa. À tarde… nem me lembro… houve um certo choque emocional que me roubou as memórias e para ser honesto confesso que estou a escrever este texto cerca de um mês depois dos eventos. Devemos ter ido dar uma volta pela cidade, parado no Café Sofia. Ao serão fui ver futebol ao Celebridades, mesmo ao lado, onde já me sinto em casa.
Enfim, apesar de nunca ser agradável, o assalto não conseguiu ensombrar a viagem. Apenas este dia foi um pouco mais fraquito, enquanto as emoções negativas assentavam.