Pois de saída de Santiago acordei refrescado por uma noite bem passada num apartamento agradável. Nada mais a fazer por ali. Mochila às costas e caminhar para o local onde há uns dias tinha visto saírem transportes para Samaná.

Faltava ainda algum tempo para a saída seguinte. O bilhete custará 400 DOP, mas é pago a bordo. Portanto há que esperar e aproveito para comprar um repelente de mosquitos. O outro perdi-o no Haiti.

Santiago agrada-me. Não é uma cidade vistosa mas cativa-me pela vida local, simples. Lojinhas, mercearias, cafés. Pessoas nas suas actividades diárias. Bom ambiente.

Transporte de Santiago para Samaná

Chega a hora de embarcar. Um autocarro confortável. Na realidade um mini-autocarro. Boa disposição a bordo, senhoras que viajam provavelmente juntas com frequência. O ajudante dá uma mão a uma mulher mais idosa, ajuda-a a subir as escadas, vai dizendo, “es como mi mama”. Chega um vendedor de flores, trocam-se umas chalaças, fazem-me rir. Vem um vendedor de doces, compro duas barras de dulce de leche.

E vamos a caminho. Será uma viagem toda ela agradável. Janela aberta, vento na cara, o mundo a desfilar lá fora. Pago o bilhete. Prosseguimos.

Em determinado momento, é preciso virar à direita. Mas vamos na auto-estrada, como cá, duas faixas para cada lado, um fosso a dividi-las. Não há problema, passa-se o fosse e as faixas todas, vira-se mesmo ali.

A caminho de Samaná

Mais uma viagem com uma paisagem cativante. Florestas de palmeiras, aldeias, casas isoladas, vendas de beira de estrada. Um dia magnífico para viajar. Tinha saudades destas andanças.

Quatro horas depois, pelas 14:00, chegamos a Samaná. Nem tenho tempo para sentir o cheiro local. Dou dois passos e vejo logo a pickup que vai para Las Galleras, a sair. Confirmo o destino com o condutor, subo para a caixa.

Mais um trajecto fabuloso. Entram e saem pessoas, vão pagando ao motorista pelo serviço. O oceano desfila de um dos lados, no seu magnífico azul. Há muito para ver. Vou numa posição perfeita, encostado à cabine, é como se viajasse de mota.

A meio, uma equipa de iniciados de basebol salta para a caixa, ocupam aquilo tudo. O treinador vai dando as últimas achegas para o grande jogo de hoje. Vem acompanhado por um ajudante… ou será uma estrela local deste desporto?

Nos olhos dos meninos um respeito profundo pelos dois homens. Seguem as suas indicações com uma atenção religiosa. Também vão para Las Galleras mas saem antes de mim, junto ao campo de beisebol local. Incrivelmente sou o único passageiro que segue até ao centro da aldeia. Bato no tejadilho para assinalar a minha vontade de descer. Pago 125 DOP pelo serviço e parto em busca do meu alojamento para hoje, Il Triangolo.

O meu quarto

Uma espécie de hostel. Num espaço amplo, como se fosse um grande armazem, foram colocadas divisórias que criaram pequenos quartos. É ali que vou passar a noite. A proprietária tem nome italiano, não sei se o será ou se é argentina, pois as pessoas que tomam conta daquilo são de Buenos Aires.

Bebo uma cerveja, converso um pouco com eles, relaxo, instalo-me. E saio para caminhar um pouco, explorar as imediações. Encontra a La Playita, uma pequena praia não muito longe. Não me impressiona. Demasiada gente, e nem é especialmente bonita.

Depois regresso, passo em frente ao hostel, subo a rua principal de Las Galleras, espreito a praia principal. Já é um pouco tarde, não está lá muita gente.

Acesso a La Playita

Tenho fome, como um prato de massa à bolonhesa com uma cerveja gelada. Estou cansado, vou para o quarto. Relaxo ao serão, tanto quanto as melgas mo permitem.

 

 

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