24 de Janeiro de 2023

Ao segundo dia em Goa já dava para perceber que não atribuir mais dias a esta estadia em Panjim tinha sido uma boa ideia. O dia até começou bem, tomando o pequeno-almoço no agradável terraço da casa de hóspedes Afonso.

Mas depois, sem encontrar brilho em redor, vagueámos por Panjim em busca de uma cidade que já deixou de existir. Não vou repetir-me mais para além disto: a portugalidade que tanto fascinou em 2019 está em vias de extinção e já não se vê ao acaso. Panjim tornou-se um magneto turístico sem alma.

Assim, tentámos ainda encontrar alguns recantos desconhecidos e até certo ponto conseguimos. Mas foram passeios curtos, sem profundidade.

Até o encontro com o nosso amigo que tinha sido o gerente do clube Vasco da Gama ficou um pouco ensombrado. Aquele homem perdeu uma boa parte da vitalidade que tinha há quatro anos atrás. Passámos um bocado à conversa lá no clube, deu-me uma boleia até uma ATM funcional e quando nos despedimos eu sabia que seria a última vez que o veria. Não regressarei, e é pouco provável que nos vejamos noutro canto do mundo.

Estando as coisas neste ponto não se fez muito mais neste dia. Um passeio curto aqui e acolá e o resto do tempo a relaxar e a puxar pela cabeça sobre como passar o dia seguinte, ainda aqui em Panjim. Tirei muitas fotografias, se as apresentasse todas nesta página o leitor ficaria a pensar porque estou a ser tão crítico. Mas as cores intensas do casario e o interesse que possa ser transmitido com essas imagens não tem uma correspondência com a realidade. São artificiais, tornaram-se artificiais.

 

 

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