Dia 11 de Janeiro, Sábado

Um dia para uma viagem diferente, de avião, de Aguadas para Bogotá, por Medellin. O plano inicial era diferente. Não incluía o uso de aviões na Colômbia. Consistia em deslocação sempre por terra, desde o coração da zona cafeteira até à capital.

O que alterou a ideia inicial? Comecei a ver que as últimas etapas desse plano eram demasiado complicadas, do ponto de vista de transporte, com distâncias maiores e situações mais complexas de mudança de autocarro. Tudo isto iria consumir tempo desnecessariamente e, além disso, as paragens seguintes não pareciam ser tão interessantes.

Em alternativa, descobri que voltar a Medellin a partir de Aguadas era pacífico e que existiam voos muito económicos (tipo, 25 Euros) dessa cidade para Bogotá. Ficou decidida a alteração e agora creio que foi o melhor, pois permitiu passar mais do que uma noite nas aldeias visitadas anteriormente.

Portanto, era caso para acordar relativamente cedo para garantir que não ficávamos em terra em Medellin. Pacífico. A estação de autocarros era na porta ao lado. O bilhete já tinha sido comprado na véspera.

A saída não foi à hora mas o atraso também não foi de forma a preocupar. A caminho para Medellin. Mais hora do que eu pensava, mas ainda sem grande stress. Caminho sem história, uma viagem idêntica às anteriores, por serras e cumes, entre plantações de café e quintas, até se chegar mais próximo da grande cidade e ver a paisagem mudar.

A entrada no asfalto marca a diferença. É uma marca entre a ruralidade e a modernidade. Vamos a caminho e o horário está óptimo.

Em Medellin rapidamente chegamos ao Terminal Sul. E agora vem a surpresa, a queda do último potencial problema, que seria transitar para o Terminal Norte e dali apanhar o transporte para o aeroporto: descobri que é possível seguir directamente para o aeroporto mesmo dali, do Terminal Sul, uma informação que não encontrei online.

O caminho é outro, não se vai pela auto-estrada. Atravessa-se uma boa parte da cidade, montanha acima. Sempre a subir, a subir como a urbe o fez para crescer. O ambiente em Medellin é igual aquele que guardava na memória e que aparentemente só eu sinto: de tensão e perigo. Há grades em todas as portas, em todas as janelas. As pequenas mercearias de bairro estão abertas à porta fechada. Os clientes dizem da rua o que querem e são servidos através das grades. Não gosto.

A viagem é longa mas o tempo é agora sobrante, graças a esta novidade da ligação directa do Terminal Sul para o aeroporto.

Logo estamos a voar para Bogotá, onde aterramos já de noite. Está a ser um dia comprido.

À chegada chamo um Uber que demora uma eternidade. Está um caos no exterior do aeroporto. Com milhares de pessoas a procurar familiares, táxis, Ubers… mas chega. Agora é directo ao hostel, na Candelaria, o núcleo histórico de Bogotá, não muito longe de onde me alojei na minha primeira visita.

Rapidamente alojados num dorm que não me agrada. É estreito e mal há espaço para circular. Não é o que se vê nas fotos deste hostel. O espaço doe estabelecimento é agradável, em abstracto. Uma antiga casa totalmente restaurada, com muito gosto. Mas para ir à casa de banho tenho que descer um andar. A cozinha é num espaço aberto e o odores dos preparados espalham-se por todo o hostel. Vamos ver como corre isto.

Depois de uma visita a uma loja de conveniência um pouco mais abaixo, está na altura de encerrar o dia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui