13 de Maio de 2025
A viagem ao Iraque apareceu-me assim um pouco vinda do nada. Para ser honesto, nunca foi um destino que me atraísse. Sim, é verdade que interessado como sou em história militar e em dark tourism, houve um momento em que fantasiei sobre viajar por lá, mas essa janela de tempo, logo após a guerra, e mais tarde, depois da derrota do ISIS, fechou-se.
O que se abriu mais tarde foi outra janela, onde se via uma viagem organizada pela Young Pioneer Tours a um preço muito interessante. E afinal, para mim, todo o mundo é para ser visto e vivido.
Tomada a decisão passou-se à fase de marcação de voos. Erbil não é aqui ao virar da esquina e há que poupar o que for possível. Com estas considerações em mente o que se encontrou de melhor foi uma primeira ligação de Lisboa para Genebra, seguida de um voo para Istambul e de lá, finalmente, para Erbil.
Espantosamente tudo se passou num só dia, com a saída matutina de Lisboa e a chegada a Erbil já passando da meia-noite.
Por conveniência do alinhamento dos voos e para apanhar as melhores tarifas, a chegada fez-se dois dias antes do início da tour. Ou seja, para as duas primeiras noites e para o transporte do aeroporto para o hotel tive que me orientar sozinho. E correu tudo bem.
Já agora, o visto para o Iraque tira-se facilmente no website oficial e custa USD 70. Teoricamente pode também tratar-se do assunto à chegada, mas é desaconselhado: leva-se mais tempo a tratar das formalidades e cada vez as autoridades estão a desencorajar mais o VOA (Visa on Arrival). Fica a ideia que está para próximo o encerramento total desta possibilidade.
Sobre os voos nada a dizer. Correu tudo dentro da normalidade, com tempos perfeitos para mudar em cada aeroporto, sem pressão e também sem grandes tempos de espera.
À chegada a Erbil há uma particularidade: por questões de segurança existe um pré-terminal. Só os passageiros podem viajar entre o terminal e este edifício, em autocarros do aeroporto. O que significa que os transportes para a cidade não se encontram logo à saída do edifício da chegada. É só um detalhe a considerar para estimar o tempo de chegada, por exemplo, até ao condutor que nos aguarda.
Também aqui correu tudo bem. Mais ou menos. Já com o cartão SIM para ter internet móvel durante a viagem instalado no telefone, fomos para o local de encontro mas o condutor não estava. Há sempre aquela batida de coração, mas apareceu pouco depois.
Cruzámos uma cidade que aquela hora não dorme ainda. Muita gente, muita animação, comida de rua a bombar, jovens que convivem e se divertem. E a paragem em frente ao hotel. Melhor, em frente a um hotel. Err… não, não é aqui. E o tipo à toa, e eu a dizer-lhe o nome do hotel onde tinha a reserva. E vamos para uma segunda voltinha, mais uns quilómetros pela noite de Erbil e então sim, chegamos.
Tudo para o quartinho, para uma noite que funciona como um aperitivo para o primeiro dia no Iraque, que será para exploração independente da capital do Curdistão Iraquiano.