Em Agosto passado, Kokichi Akuzawa, de 102 anos, alcançou o cume do Monte Fuji e entrou para o Guinness World Records como a pessoa mais idosa a conquistar a montanha mais alta do Japão. Curiosamente, não foi a primeira vez que conseguiu esse feito: já em 2019, aos 96 anos, tinha sido reconhecido com o mesmo título.
O Monte Fuji, com 3.776 metros de altitude e a subida ao cume é uma experiência exigente, tanto física quanto mentalmente. Existem várias rotas oficiais, com durações que variam de 5 a 10 horas para a subida, dependendo do ponto de partida e do ritmo do alpinista. O terreno alterna trilhas rochosas, escadas de pedras soltas e áreas de cascalho vulcânico, exigindo atenção constante aos pés. A altitude provoca redução da oxigenação, o que aumenta a fadiga e o risco de mal de altitude, especialmente acima de 2.500 metros. As mudanças rápidas de clima, com ventos fortes e neblina, acrescentam dificuldade adicional, mesmo no verão.
Akuzawa contou com o apoio da filha de 70 anos, da neta, do genro e de amigos do clube de montanhismo da região. A preparação foi feita ao longo de três meses, com caminhadas matinais diárias e subidas a montanhas mais baixas, que serviram de treino.
A ascensão ao Fuji demorou três dias e percorreu uma das rotas oficiais, com pernoitas em pontos estratégicos. Apesar da idade avançada e de já ter enfrentado problemas de saúde, como dificuldades cardíacas e episódios de zona, Akuzawa não desistiu. Sentiu-se mais frágil do que em 2019 e por momentos ponderou parar, mas o incentivo dos companheiros foi determinante.
Quando chegou ao cume, explicou a sua motivação de forma simples: disse que ama escalar, sente uma ligação profunda com a natureza e valoriza a amizade e o apoio que tornam possíveis estas jornadas. Reconheceu com humildade que talvez tenha sido a última vez que subiu o Fuji, mas mostrou-se profundamente grato por ter completado o desafio.
Para mais detalhes e para ver imagens pode consultar um artigo do website brasileiro Revista Galileu.


