Amanhã por esta hora estarei em trânsito para Portugal, em Milão. Mas hoje limito-me a viver o último dia desta jornada de um mês. Digo “viver” e não “apreciar”, porque o estado de espírito é de encerramento de “negócio”. Tudo o que faço hoje é sair de manhã com o Sam e enquanto ele segue para o seu trabalho de aprendiz de medicina, eu entro no Jardim Botânico de Cluj. O bilhete é algo exagerado, cerca de 3 Eur, considerando onde estamos e a pobre elaboração do espaço. Trata-se mais de um parque natural no interior da cidade do que de um verdadeiro jardim botânico. Mas apesar de tudo não me arrependo. O lugar transpira tranquilidade e delicio-me com o silêncio e a frescura proporcionada pela vasta vegetação. O jardim japonês é agradável, mas, de novo, pouco elaborado. E pequeno. Passo por ele num instante e exploro o resto do espaço. Sensivelmente a meio há um vale onde corre um curso de água, alimentado por duas ribeiras que se unem mais acima. Encontro uma cache e depois subo ao topo de uma torre de observação, construída no ponto mais alto do parque. Mas de lá pouco se observa, porque as árvores em redor são quase tão altas como a estrutura, e não há ângulos abertos para a cidade.

Passo umas boas duas horas num pub onde servem cerveja checa (e de outras nacionalidades). Já o tinha marcado na véspera e hoje levo o netbook para aproveitar a net sem fios enquanto me delicio com uma Pilsner Urquell que me desperta uma enorme saudade da minha pátria adoptiva. O espaço está cheio de juventude… e de fumo… de novo a alma estudantil de Cluj.

Depois, regresso a casa. É o encerrar da acção. Quero descansar e descomprimir. Aguardo durante horas que o Sam regresse. Ele vai cozinhar para nós. Mas a preparação do prato leva horas… e acabamos por jantar já perto da meia-noite. Tiramos umas fotos um do outro e em conjunto, para o baú de recordações. E como a alvorada será pelas 5 da matina, vou-me deitar.

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