15 de Setembro de 2024
Cambridge tem muito para ver. Que o digam os dois livros que comprei, um antes de ir e outro já de abalada, nesta manhã, repletos de informações e percursos para caminhar pela cidade.
Mas por outro lado, ao quarto dia já sentia que estava visto e que podia partir sem pena de deixar algum importante por ver para trás.
A manhã foi ainda aproveitada. As mochilas fechadas e deixadas à guarda dos anfitriões para mais tarde recolher, antes da partida para a estação de comboios, pela hora de almoço.
Foi uma manhã cheia, de muito calcorrear, basicamente ao acaso. Acabámos por visitar mais um college. Já não tínhamos apetência para mais mas este cruzou-se-nos no caminho e estava aberto, podia-se visitar livremente. Acabou por ser talvez o mais belo de todos. Não pela majestosidade de arquitectura mas pela tranquilidade dos seus jardins. Era o Emmanuel College, de onde saiu no início do século XVII John Harvard, rumo ao Novo Mundo, onde fundou a famosa universidade norte-americana de Harvard.
No relvado imaculado uma banda tocava. Na realidade também este era um dia especial para os colleges: havia um passeio – tipo rally paper – de beneficência, com milhares de participantes, que iam de college em college e, penso, visitando também outros pontos de importância em Cambridge. E por isso tivemos direito a uma série de benefícios pois não nos distinguiam dos participantes.
No centro histórico, junto ao King’s College fui a uma livraria, com uma curiosidade: é uma loja física do website onde costumo comprar os meus livros em inglês, a Blackwells. E comprei mais um livro sobre Cambridge, não consegui resistir.
De regresso a casa ainda encontrámos tempo para uma visita ao afamado Museu Fitzwilliam. Entrada gratuita, então, porque não…? Não seria um museu especialmente interessante para mim. Um museu de arte. Mas não apreciei mesmo. Acho que pelo cansado acumulado. A maioria das salas vi em passagem, pés cansados, a mente já focada na partida.
E assim foi a despedida. Três dias completos, muito bem passados, plenamente preenchidos, boas conversas com os anfitriões, bom tempo, muita coisa para ver e ainda boa comida, um elemento surpresa.
Na despedida mais uma longa conversa. Mas ainda era cedo e quis ir experimentar o segundo pub do quarteirão. Bebi outra cerveja, agradável, não muito cara. Quer dizer, quando penso em Inglaterra, em cerveja (ou qualquer outra coisa) associo a preços altos. Mas não foi assim. Acho que paguei 5 Euros pela caneca.
E depois, o adeus, caminhar para a estação de comboios, refazer os passos da chegada no sentido inverso. A chegada ao aeroporto, passagem pelos procedimentos, sentar junto ao gate. E num instante de volta a casa.