A partir de 26 de outubro de 2025, a Índia e a China irão retomar os voos diretos entre si, após uma suspensão de mais de cinco anos. Esta interrupção iniciou-se em 2020 devido a tensões fronteiriças que culminaram num confronto militar na região de Galwan, onde 20 soldados indianos e 4 chineses perderam a vida.
A suspensão dos voos diretos entre os dois países foi uma consequência direta da pandemia de COVID-19, que levou ao encerramento de fronteiras e à interrupção de viagens internacionais em todo o mundo.
No entanto, a situação foi mantido devido às tensões geopolíticas, especialmente após os confrontos na região de Galwan, que resultaram num impasse militar prolongado. Esses eventos agravaram as relações bilaterais e contribuíram para a continuidade da suspensão dos voos.
Recentemente, houve esforços diplomáticos para normalizar as relações entre os dois países. Em setembro de 2025, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, visitou a China para participar de um fórum de segurança regional, marcando a sua primeira visita ao país em sete anos. Durante o encontro, Modi e o presidente chinês, Xi Jinping, destacaram a importância de fortalecer os laços económicos e resolver as questões fronteiriças.
A IndiGo, principal companhia aérea da Índia, anunciou o retorno dos voos diários sem escalas entre Kolkata e Cantão (Guangzhou) a partir de 26 de outubro. Além disso, há planos para introduzir voos diretos entre Nova Déli e Cantão, dependendo da aprovação regulatória. A Air India também pretende retomar voos diretos entre Nova Déli e Xangai até o final do ano.
A retomada dos voos diretos é vista como um passo significativo para a restauro das relações entre os dois países.