Dia 10 de Janeiro de 2024
O dia começou como se passou o anterior, com o tempo a ser amigo. Se na véspera a previsão era de céu carregado e tive direito a muito sol, para esta manhã estava prevista chuva ininterrupta e contudo não caiu nenhuma.
Acordei pois tranquilamente pouco depois das 9. Tinha todo o tempo do mundo para me preparar para sair. Com um voo às 14:20 e o checkout obrigatório até às 12:00, tinha decidido começar a movimentar-me às 11:00.
Fiquei pois algum tempo na cama. Levantei-me, comi um par de laranjas. Pus as coisas na mochila, saí, deixei a chave na recepção e caminhei até ao fim da rua.
Metro para a Praça de Espanha, lá estava o autocarro 46. Fechado. O embarque não estava ainda disponível. Mas o simpático condutor veio abrir-me a porta. E assim acabei por não apanhar a temida molha.
Trajecto simples até ao terminal um. Aeroporto muito bom, com tudo a correr rápido, indicações claras, eficiência. Ou seja, podia ter ficado mais um bom bocado na ronha. Estava despachado de todos os trâmites duas horas antes do voo. Mas OK, relaxei no aeroporto. E num instante estava no ar. A caminho de um país novo para mim.
Aterragem um pouco antes da hora, acoplagem a uma manga, xixi e pronto para o embate. Primeiro há que comprar o visto num dos quatro balcões de banco localizados imediatamente antes do controle de passaportes. É um processo tão rápido como comprar farturas. 25 Euros pra lá, um visto para cá e, para minha surpresa, veio com troco (a referência são USD 25, pagando em Euros acaba por ser mais e esperaria que a diferença fosse amealhada e ignorada).
Pode-se trocar ali dinheiro se se desejar. Ou retirar de uma ATM existente no meio de uma sala. Foi o que fiz, com o meu Revolut, e correu bem. Ainda por cima recebi uma série de notas pequenas. Boa.
A seguir, para a fila do controle de passaportes, levando o passaporte e o sticker do visto, que o agente colocará na folha que achar por bem. Processo conduzido à velocidade da luz, sem qualquer pergunta ou demora.
Passa-se pelo controle alfandegário, mala a girar no tapete, mais uma vez rápido e descomplicado. E por fim comprar cartão SIM a um dos quatro operadores com lojas alinhadas mesmo à saída. Escolhi a Vodafone porque tinha lido que é a melhor mas não correu nada bem. O processo é lento e o cartão só está a funcionar parcialmente. Nada de 4G. Nem 3G. Terei que ir a uma loja Vodafone ver se me resolvem isso.
O meu condutor – agendado através do Booking.com – esperava-me no exterior e tinha estado em comunicação Whatsapp desde que me liguei ao Wi-Fi do aeroporto, na fila para os passaportes. Um puto maluco que me pergunta logo se prefiro uma condução mais conservadora ou mais rápida. Digo-lhe que por mim tanto faz, que faça o que lhe apetecer. E pronto, estava a loucura à solta.
Rapidamente chegamos à praça central do Cairo, que é precisamente onde se encontra o hostel. Ele manda-me esperar no carro enquanto procura o hostel. Impecável. Volta pouco depois para me levar mesmo até à porta. Dou-lhe 100 libras, cerca de 3 Euros. Não só esperou por mim mais do que era estipulado como teve aquela amabilidade de me levar mesmo ao hostel.
No hostel tripei um bocado. Não gostei muito do tipo. Tive que esperar uns 10 minutos até que aparecesse e depois o local que me destinou não tem nada que se possa fechar. Os meus valores ou deixo entregues à bicharada ou terei que os levar a passear comigo a todo o lado. Custou-me a adormecer. Estava irritado. O AC fazia ruído e abafava o ambiente. Um vizinho ressonava. Vibes negativos a fechar o dia.