Um dia sem nada para contar. Simplesmente fiquei em casa. Preciso de descansar. Estou a ficar velho e certamente não mais saudável. O calor lá fora não ajuda. Nem a falta de apetência para andar para trás e para a frente na cidade, a fazer quilómetros e quilómetros para visitar coisas que nem sei se existem.

Saí quase ao pôr-de-sol. Ia a um encontro de Couchsurfers, algo que desde os meus tempos de Praga (2007-2010) não fazia. Mas estava tão entediado que me apeteceu. Desafiei o meu anfitrião para vir também. Sabia que ele era muito activo no círculo de Couchsurfing da sua cidade natal mas que na Arábia Saudita não tinha estabelecido contactos. Ele disse que sim, que apareceria.

Lá apanhei mais um Uber para o ponto de encontro, também na Corniche, mas num sector que ainda não conhecia. Fui mais cedo, por não ter nada para fazer e para ir nas calmas.

Lendo ao luar

Comprei uma Pepsi fresquinha, sentei-me num banco a ver o pôr-de-sol. Chegou a hora de encontro mas não via ninguém e também não quis procurar antes de chegar o Hani. Não foi preciso, eles encontraram-me. Um tipo perguntou-me se vinha para o encontro. Vinha. Que eles estavam mesmo ali em frente mas daquele ponto não tinha linha de visão para o grupo.

E neste momento aparece o Hani, e vamos juntos para o encontro.

Foi muito bom. Um grupo do tamanho certo, um encontro, digamos, organizado: os dois couchsurfers que o promovem (porque é algo que acontece todas as semanas) levaram um conjunto de perguntas, que iam colocado e cada pessoa presente respondia. Basicamente relacionadas com viagens. Do género: qual é a primeira coisa que fazes quando chegas a um novo país? Qual é o teu país favorito para viajar e porquê? Onde gostarias de viver por algum tempo?

Um grande encontro de Couchsurfers em Jeddah

A verdade é que resultou muito bem, uma grande harmonia no diálogo, respostas interessantes, algum debate, risos, convívio.

Estavam presentes três pessoas do sexo feminino, nenhuma delas vestida tradicionalmente. Duas eram sauditas e a outra era uma médica filipina. Ocidentais, só eu e um holandês, até bastante simpático o que na minha experiência é raro com pessoas desta nacionalidade. Foi um serão em grande.

No regresso o Hani deu-me boleia, claro. E assim se passou um dia mais descansado desta viagem.

 

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