Dia de trânsito. Do hotel para a estação SAPTCO de Medina. Depois, uma longa viagem de bus, boa parte dela feita de noite. Ganhei um magnífico entardecer e pôr-de-sol durante o percurso. A paragem habitual para rezar e comer. E a chegada a Al Ula, já tarde.

Ia com algum receio do transporte. Até há bem pouco tempo não existia Uber na pequena cidade e era necessário usar outra app do mesmo género, mais popular nesta região do mundo, a Careem. Mas a verdade é que quando saí do autocarro, numa rua tranquila da localidade, não tive problemas em obter um Uber para me levar à residência.

O alojamento em Al Ula é bastante caro. Na realidade, pagando cerca de 70 Euros por um quarto ranhoso, deve ter sido a dormida mais dispendiosa da minha vida de viajante. E quando digo ranhoso, é ranhoso mesmo, coisa para noutra parte do mundo ficar por menos de 10 Euros. A escada tinha pilhas de lixo acumulado, havia um aquecedor estranho na casa de banho com fios eléctricos à vista. A mobilia do quarto era uma cama e um frigorifico que tinha que ser levantado para abrir a porta e no qual nem uma garrafinha de água pequena para dizer olá. Wi-Fi, só se estivesse no hall de entrada e tive que enviar uma mensagem a reclamar… se não tivesse dados, não teria tido Wi-Fi. E por ai em diante. Deve ter dado para perceber. A única coisa positiva é que o proprietário mandou uma criança entregar-me um carregador, sem o qual não conseguiria de todo carregar o telefone.

Tinha fome, consultei o Google Maps e descobri ali ao lado um supermercado e alguns possíveis restaurantes. Saí. Estava uma noite agradável. Encontrei facilmente o supermercado mas decidi tentar primeiro o restaurante. Estava ali, ao virar da esquina. Perguntei o que havia para comer. Só mesmo frango com arroz. OK. Ah mas só para take away. Oh não! Não dá, eu estou num quarto, não tenho condições para comer um take away. E lá me fizeram uma excepção. Simpáticos. É que iam fechar dali a poucos minutos.

Trouxeram-me uma bandeja com uma pilha de arroz e meio frango assado escondido lá dentro. Soube-me mesmo bem. Paguei cerca de 5 Euros pelo jantar e fui-me embora satisfeito. O supermercado entretanto tinha encerrado portanto segui para o quarto.

Um dia sem fotografias, usei uma da jornada seguinte como cabecalho.

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