À medida que se vai ensaiando um regresso controlado à normalidade, o mundo das viagens mantém os olhos bem abertos, plenos de curiosidade perante o que o futuro trará para esta área que tanto amamos.

Um dos conceitos que parece ganhar forma, já tem nome: “bubbles” de viagens. E o que vem a ser isso? Basicamente, espaços inter-países onde os cidadãos estão ou estarão autorizados a viajar atravessando fronteiras.

Os países envolvidos nestas bolhas terão em principio características comuns ou uma política concertada de combate ao COVID-19, fomentando assim laços de confiança mútua. Terão que sentir que o fluxo de cidadãos dos outros países incluídos na bolha não trará muitas diferenças em relação à circulação dos seus próprios cidadãos.

Um caso de bolha parece estar a ser preparado pela Austrália e pela Nova Zelândia. Ambos os países se encontram numa fase de recuperação do lockdown com resultados muito idênticos, e considerando a proximidade cultural e histórica, e o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison já declaro que “se há um país no mundo com quem poderemos reestabelecer ligações, sem dúvida que é a Nova Zelândia.”

O Reino Unido e a Irlanda parecem ter uma bolha já formada, até porque ao longo da crise as ligações por ferry entre os dois países nunca foram interrompidas.

Na Europa Central prepara-se outra bolha, com conversações entre as autoridades da República Checa, Áustria, Eslováquia e Polónia para a abertura das fronteiras terrestres entre estes países no início do verão.

Só o futuro dirá como irá evoluir este conceito e quais as bolhas que se formarão num movimento que parece ser inevitável. Para nós, portugueses, considerando a posição geográfica do país e a disparidade no controle do COVID-19 entre Portugal e Espanha, não existem bolhas à vista. Resta esperar pela reabertura das fronteiras para as viagens aéreas.

 

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